terça-feira, 1 de setembro de 2009

e ela era uma menina que viveu muito no passado, e no presente se refaz, se recria e se lembra
de coisas que a tornaram assim, sempre menina, meio doce, meio amarga, meio destrambelhada, meio mentirosa, já que meia verdade já é mentira.
e na sua infância sempre sonhou e voou no seu tapete ou na sua vassoura, virou estrela e hoje prefere borboletas.
ela quis ser escritora, embora quisesse tanta coisa que se perdeu por ai..
ela tem um cabelo vermelho e adora descombinar, porque o imperfeito é belo, o sujo, o natural, tudo igual.
no meio de versos passa as tardes, nada vazias, sua mente transgride, transmuta, uma metamosfose acesa. acende um cigarro.mais outro por favor.
sua ingenuidade é por querer, pinta seus pesadelos de azul pra carregá-los numa mochila misteriosa.
tem dias que seus olhos verdes estão nublados, e eu tento acordá-la pra beleza que possui, da força do amor, e do tempo que não pára, mas agora, gente grande não escuta, só ouve o que convém.
e no meio desse trânsito todo louco, seu coração, seus edifícios, sua desorganização profunda, que já dura muito.
respira arte, por isso anda ofegante.
devora poesias enquanto escuta músicas imaginárias e um cenário inventado se forma, colorindo a realidade.

Um comentário:

Bebel disse...

Muito lindo isso...

Tomara que ela colora a realidade com cores vibrantes =)

Beijo