segunda-feira, 25 de julho de 2011

as palavras não sei escolher
mas meu corpo fala com o seu
meus olhos não mentem
cada pedaço quer engolir você
e levar pra onde quer que seja
por dentro já não cabe
a espera é sem fim
nada faz sentido
me desencontro
pode ser capricho
querer que você sinta a mesma falta
que eu sinto.

terça-feira, 3 de maio de 2011

eu me mostro nua e crua
lendo vinicius, vivendo sem vida
dia sim, dia não.
meu corpo está aqui mas todo o resto já se foi
a verdade é que vou sentir saudades
do tempo da novidade, da ingenuidade, da sinceridade
tudo derreteu rapidamente
construí sob sonhos e utopias
um futuro interrompido
a ausência, a carência, a persitência
a casa que nunca foi minha
o sol que brilhava alegre hoje queima
hoje, ontem e amanhã
nada mais tem brilho, nada satisfaz
e com todo esse vazio faço o que?
mas com minha tristeza eu me refaço
viro do avesso e lá vou eu outra vez
não me digam que existe impossível,
dificuldade, dúvida, insegurança
tudo isso foi enterrado
no meu vocabulário.

domingo, 24 de outubro de 2010

eu tropeço nos pensamentos
eu caio sobre a razão
na contramão....

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

a primavera chegou trazendo seus bichos
e reacendendo nossos bichos
ela chegou dividindo seus perfumes
colorindo as paisagens
mas dessa vez veio intensa
carregada de vermelho
se despedindo do sol mais tarde
se temperando com pimenta
queimando por dentro
veja bem meu bem
eu gosto desse gosto de aventura
eu gosto desse cheiro de liberdade
e eu gosto muito mais de mim...

terça-feira, 29 de junho de 2010

ela tira o som da tv, mas deixa ligada, a meia luz agrada
na cabeça passam mil aventuras
quem dera se não tivessem fim
ela senta de pernas cruzadas, acende um cigarro
já é noite, ela está só, e pode passear nas lembranças
então começa saboreando o tom das palavras ouvidas
como se fossem melodia
o toque das mãos suadas
a febre e o sorriso que não saía do rosto
o beijo encaixado
o corpo entrosado, embalado
de repente tudo azul, tudo quente
mais um cigarro e mais chico
ela coleciona prazeres
seus olhos guardam fotografias
ela procura o jeito sem jeito poético de encarar
pra não ter de novo que costurar
aquele velho coração
imenso coração de contradição
encaixota os abraços
manda pelo correio
e se esquece um pouco do passado
vai durmir.

sábado, 5 de junho de 2010

amo o jeito livre de amar
de me deixar aprofundar em mim
de acordar despenteada e assim ficar
de ser feita do que vivi, e ainda muito mais dos sonhos e fantasias
de poder pensar alto
de não ser só amigo ou só amante
de ser companheiro
das confidências de amores passados
de poder olhar pro passado sorrindo
com a certeza de não me arrepender de nada,
nem dos enganos
nem dos tropeços
que me mostraram óticas diferentes da mesma vida
eu não sei o que busco
mas abro um abraço pro meu caminho
abro o peito,
agora com o coração mais calmo
um relógio não tanto apressado
e sem esconder a ância de conhecer
seja lá o que for
só sei que atoa neste mundo eu não vim...

terça-feira, 18 de maio de 2010

um mundo de descobertas
de mim
dos outros
do próprio mundo

quando se está feliz, a felicidade fala por si.