sábado, 17 de outubro de 2009

Que eu faça fantasia mesmo acordada.
(Fabricio Carpinejar)

Desliguei o telefone e o soltei em cima do colchão. Deitei abraçada a ele. Acabei de chorar um jasmim, para o meu lado de dentro. Guardada em mim mesma. Ali, contando nos dedos minhas miudezas, dando nomes, medindo gestos, buscando maneiras novas de me esconder. Ultimamente é ali dentro que a vida vai, e quase ninguém vê.
Um silêncio. Uma vontade de pegar o telefone, de novo. Outro destino. Uma voz de sono do outro lado, talvez. E todas essas palavras desconexas que me desviam. Nenhuma surpresa, nenhuma. Um acúmulo em mim, feito de mil e uma misturas.
Tô aqui porque a vida me trouxe, aqui. Não gosto sempre. Mas enquanto tiver coração, eu sigo. E caminho. Despenco. Aos trancos, mesmo. Porque tem delícias maiores no meio da estrada. E eu gosto de ir junto com as coisas. Com as cores. Com o vento que decora meu nome.
Escrevo, agora, na minha parede roxa, antes de ir deitar:
- Preciso acontecer.

obs.: retirado do blog: www.liricass.blogspot.com
pq não poderia ter descrito melhor meu quase eterno feriado em gv..

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